Crítica: A Crônica Francesa (2021)

O esmero técnico é algo que se espera de toda nova obra de Wes Anderson. Em A Crônica Francesa (The French Dispatch, 2021), o cineasta não decepciona nesse quesito. Cada quadro é uma obra de arte em si, com design de produção, fotografia e trilha sonora se unindo em perfeita sintonia para criar um espetáculo visual difícil de esquecer.

Já o resto acaba deixando a desejar. O filme é formado por segmentos ligados pelo tema central, uma homenagem a jornalistas de uma revista publicada em uma cidade francesa fictícia. As histórias não ressoam como poderiam, e a falta de aprofundamento dificulta a nossa conexão com os personagens, por mais bem interpretados que estejam (o destaque vai para Jeffrey Wright).

O excesso de artificialidade prejudica a experiência, já que tudo é tão milimetricamente controlado que parece estarmos vendo um mero exercício estilístico. Além disso, nem todas as piadas funcionam, mas não dá para reclamar do ritmo e do clima de diversão, que permeia toda a obra. 

Nota: 6

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