Crítica: Saint Maud (2021)

O fanatismo religioso é usado para assustar no cinema constantemente, afinal, esse mal pode render histórias cativantes nas mãos de quem sabe criar uma boa atmosfera de horror. Rose Glass é uma dessas pessoas. A estreante na direção de longa-metragem faz um estudo de personagem perturbador em Saint Maud (2021), focando em uma jovem enfermeira que fica obcecada por uma mulher de quem ela passa a cuidar.

A paciente é vivida por Jennifer Ehle, que parece se deliciar com cada palavra de sua instigante personagem. No entanto, é Morfydd Clark quem faz o filme ser tão marcante. A jovem atriz está espetacular em um papel ambíguo e que desperta diversos sentimentos conflitantes, desde pena até asco.

Com poucos sustos fáceis, Saint Maud é um terror psicológico intenso. Além das atuações, o filme acerta na mosca com seu visual sofisticado. E o som ajuda a realçar ainda mais a sensação de agonia que o roteiro pede, gerando momentos que podem não assustar, mas vão te deixar perturbado por um bom tempo.

Nota: 8.5

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One thought on “Crítica: Saint Maud (2021)

  1. Review excelente, como sempre!

    Achei fantástico como o filme todo é basicamente guiado pelos pensamentos fanáticos da protagonista. Como você disse, não é um terror barato, é um horror por nos mostrar como muitas mentes fanáticas são guiadas e a pessoa acaba com a própria vida (às vezes literalmente). FIlmão! Infelizmente esse gênero mais pacato do horror não é tão apreciado e esses filmes acabam até passando batido, muitas vezes. 🙁

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