Crítica: Rua do Medo (2021)

Lançados com uma semana de diferença entre cada obra, Rua do Medo: 1994 – Parte 1 (Fear Street Part 1: 1994, 2021), Rua do Medo: 1978 – Parte 2 (Fear Street Part 2: 1978, 2021) e Rua do Medo: 1666 – Parte 3 (Fear Street Part 3: 1666, 2021) formam uma trilogia com cara de minissérie, com capítulos que têm a duração de longa-metragem.

No geral, a experiência é bastante irregular, não só entre um filme e outro, mas também dentro da mesma obra. Livremente baseados em livros de R. L. Stine, os filmes apostam em uma premissa bagunçada demais, e não faltam furos, como a ausência conveniente e inexplicável dos outros moradores da cidade nos locais onde as principais cenas acontecem.

Tudo não passa de uma colagem de outros projetos, mas com uma roupagem moderna. No entanto, os filmes funcionam como passatempo rasteiro, e a presença de uma protagonista lésbica garante uma abordagem mais interessante que o de costume. A maioria dos atores ajuda a aumentar o nosso interesse, e boa parte das cenas de suspense alcançam o efeito esperado, ainda que não haja nada novo nelas.

Confira abaixo o que achei de cada um dos filmes:

Rua do Medo: 1994 – Parte 1

A primeira parte começa bem, emulando Pânico (Scream, 1996) e outros slashers similares de forma divertida e com personagens promissores, mas, da metade para o fim, o suspense vira zona, com a mitologia da série sendo empurrada de maneira forçada e confusa. Além disso, a partir do momento em que percebemos que os vilões têm zero personalidade, tudo fica menos empolgante, o que também ocorre nos filmes seguintes.

Nota: 5.5

Rua do Medo: 1978 – Parte 2

Esta continuação melhora um pouco, principalmente por conta da performance de Sadie Sink e por algumas sequências inspiradas, como as duas cenas importantes perto da árvore. O maior problema, além dos já citados, é que muitos dos mortos a gente nem fica conhecendo direito, reduzindo o impacto dos assassinatos, que são mais numerosos, mas quase todos iguais.

Nota: 6

Rua do Medo: 1666 – Parte 3

Diferentemente dos filmes anteriores, a terceira parte evita o uso excessivo de deixas musicais óbvias. Também acerta ao dar o tom de seriedade necessário para a trama, que é muito bem conduzida em sua primeira parte, que se apoia no drama ao mostrar a perseguição a homossexuais em 1666. É uma pena que, assim que o foco volta para o “presente”, o clímax retoma a bagunça do primeiro filme.

Nota: 6.5

 

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