Crítica: tick, tick… BOOM! (2021)

O escritor e compositor Jonathan Larson teve uma carreira breve, mas revolucionária. O musical tick, tick… BOOM! (2021) mostra suas dificuldades até finalmente conseguir criar seu primeiro sucesso na Broadway. O filme mostra as sementes que levaram a Rent, como os problemas para pagar aluguel, os dilemas amorosos e a relação com amigos que descobriram estar com HIV. 

Esta adaptação cinematográfica conta com reflexões interessantes sobre sucesso e fracasso, além de personagens carismáticos. É uma pena que praticamente todos eles sejam mais interessantes que o próprio Larson, vivido por Andrew Garfield com uma entrega que confere uma energia contagiante ao filme.

Lin-Manuel Miranda acaba não contendo seu protagonista, e Garfield fica histriônico em várias cenas. O uso excessivo de efeitos visuais fracos também atrapalha, assim como a fotografia sem inspiração e a direção burocrática. Isso tudo torna os números musicais esquecíveis, e há uma cena completamente aleatória envolvendo grandes estrelas da Broadway, que parecem estar lá só para fazer um favor ao cineasta e tentar agradar quem ama musicais.

Quem ajuda a dar mais consistência ao filme é o elenco de apoio, desde figuras como Judith Light, que tem um papel bem pequeno, até Robin de Jesús, que dá vida e complexidade ao um personagem que poderia ter sido uma caricatura. O ator é o grande destaque deste musical, e suas cenas mostram o potencial que a obra não alcançou.

Nota: 5.5

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