Crítica: O Canto do Cisne (2021)

Um belo tributo a gays da terceira idade, O Canto do Cisne (Swan Song, 2021) é um filme que vai revelando sua profundidade à medida que avança. Mesmo quando o que vemos é algo mais leve e brilhante como purpurina, o que se esconde por baixo vai muito além, e o diretor Todd Stephens soube captar isso muito bem.

A obra acompanha um cabeleireiro fazendo uma pequena odisseia pela cidade pequena onde vive por muito tempo. Seu objetivo é pentear o cabelo de uma conhecida que acabou de falecer. Ao longo de sua jornada, vamos conhecendo um pouco mais de seu passado e vemos como suas experiências o impactaram.

Este drama encantador trata tudo com maturidade e respeito, divertindo na mesma medida que nos emociona sempre que percebemos o quanto feridas abertas afetam o protagonista e como a solidão e o abandono pode ser muito dolorosa para gays mais velhos. O veterano Udo Kier está um espetáculo em um papel perfeito para suas sensibilidades. O personagem é um poço de complexidades, e o ator faz um trabalho impecável ao agarrar esta oportunidade de viver alguém tão icônico. Também vale destacar a participação pequena, mas memorável, de Jennifer Coolidge.

Nota: 8.5

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