Crítica: Luca (2021)

A simplicidade do divertido Luca (2021) é um de seus grandes triunfos. O longa-metragem mais recente da Pixar conta a história de uma criatura marinha que se arrisca ao sair do mar quando faz amizade com alguém como ele. A jornada do protagonista é apresentada sem gorduras, e a narrativa enxuta é essencial para um envolvimento mais profundo, garantindo um impacto emocional muito forte.

Visualmente, o filme aposta em composições de fácil apelo para o público infantil, mas com a sofisticação típica da Pixar. As sequências de fantasias são acachapantes, e a trilha sonora nos envolve de maneira belíssima. Além disso, o ritmo e as piadas são muito eficientes, e os personagens são bem construídos, com exceção do vilão unidimensional.

Mesmo tendo sido criada com base nas experiências da infância do diretor, que não faz parte da comunidade LGBTQIA+, e de também funcionar como analogia para imigrantes e qualquer outra minoria que se sente um “peixe fora d’água”, esta animação é repleta de situações e conflitos que toda pessoa LGBTQIA+ consegue facilmente identificar, especialmente as dificuldades enfrentadas na hora de se aceitar e sair do armário. Isso faz de Luca a obra mais queer do estúdio até então, e agora fica a torcida para que seus novos filmes mostrem questões assim indo além das entrelinhas.

Nota: 9

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