Crítica: A Lenda do Cavaleiro Verde (2021)

É sempre um deleite assistir a uma obra que transborda criatividade em cada canto da tela e que foi dirigida com a segurança de quem sabe exatamente o que está fazendo. É o caso de A Lenda do Cavaleiro Verde (The Green Knight, 2021), uma fantasia ao mesmo tempo épica e intimista inspirada em um poema arturiano.

Sob o comando de David Lowery, cuja filmografia é diversificada e cheia de preciosidades, esta fantasia sombria é uma aventura que prioriza uma atmosfera contemplativa em vez de cenas de ação convencionais. Além de ter um visual espetacular, desde a fotografia acachapante até os detalhes meticulosos do figurino, o filme é bastante sensual e conta com atuações excelentes, com destaque para Dev Patel, que protagoniza a história e nunca esteve tão bem como aqui.

O personagem principal é um jovem que se vê envolvido numa espécie de desafio mortal, no qual ele precisa duelar com um cavaleiro místico e esperar um ano até um novo confronto, onde será cobrado pelo golpe proferido. Sua jornada até chegar ao seu destino é marcada por encontros com figuras misteriosas que acabam influenciando sua tomada de decisões.

Com dilemas complexos e proporcionando uma ótima reflexão sobre covardia, legado e propósito, A Lenda do Cavaleiro Verde consolida sua posição como um filme magnífico no terceiro ato, quando o diretor mostra toda sua ambição de forma sublime.

Nota: 9

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