Crítica: Em um Bairro de Nova York (2021)

Esta versão cinematográfica do musical da Broadway sobre uma comunidade latina nos Estados Unidos consegue captar muito bem o clima vibrante e esperançoso que permeia muitas famílias latinas. As músicas criadas por Lin-Manuel Miranda contagiam com facilidade, e a direção cativante de Jon M. Chu transforma os diversos números musicais de Em um Bairro de Nova York (In the Heights, 2021) em verdadeiros espetáculos, a partir de escolhas visuais inspiradas.

O filme é guiado pelo carismático Anthony Ramos, que dá vida a um jovem sonhador. Além de sua trajetória, acompanhamos a rotina de uma gama de personagens de origem latina, todos tentando realizar seus sonhos em menor ou maior grau, desde realizações profissionais até amorosas. A busca pela documentação necessária para a conquista da cidadania americana também é abordada, ainda que de maneira mais superficial.

O “calcanhar de Aquiles” do filme é o foco no romance. Os dois casais, principalmente o principal, não têm a menor química e, tirando uma bela cena que desafia a gravidade, todos os momentos mais românticos enfraquecem a obra. Ainda bem que ela é povoada por personagens interessantes, como a senhora vivida com maestria por Olga Merediz. Seu grande número musical é uma das melhores cenas do ano!

Nota: 8

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