Crítica: O Grande Ivan (2020)

Filmes infantis envolvendo animais falantes geralmente são rasos como um pires. Quando nos deparamos com uma obra desse tipo e o conteúdo vai além de piadas bobas e ideias maniqueístas, é como um vento refrescante num dia quente. O Grande Ivan (The One and Only Ivan, 2020) é assim, uma obra levemente inspirada na história real de um gorila que chamou a atenção quando começou a fazer pinturas no tempo em que passou em um circo dentro de um shopping nos Estados Unidos.

Sim, o filme tem problemas de lógica e verossimilhança, mas o roteiro humanista de Mike White e a direção sóbria de Thea Sharrock ajudam a deixar a história mais “pé no chão”, com  um tom agridoce e um ritmo nada apressado, priorizando o desenvolvimento dos personagens principais.

Além de contar com figuras adoráveis, a obra evita cair em armadilhas unidimensionais típicas desse tipo de filme, como podemos ver no tratamento do vilão. O protagonista animal é bem mais melancólico que o de costume, o que faz sentido, considerando o fato de que é explorado por uma corporação. E os efeitos visuais são impressionantes, fazendo o público esquecer rapidamente que aqueles animais não são de verdade, com detalhes bastante realistas.

Crítica: 7.5

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