Crítica: Martin Eden (2020)

Nem sempre filmes de época conseguem captar um período de forma convincente, mas quando conseguem, já é meio caminho andado para um resultado satisfatório. Ao acompanhar a trajetória de um italiano pobre que decide se dedicar ao seu talento para a poesia, Martin Eden (2020) nos insere no começo do século 20, quando movimentos sociais começaram a entrar em ebulição.

Dirigido por Pietro Marcello, este drama é conduzido com muita fluidez e imagens de ambientação que dão um charme vintage à obra, carregada com louvor por Luca Marinelli, que transborda carisma, até quando seu personagem deixa de nos encantar, como no último ato. Aliás, o filme quase se perde justo no momento crucial da história, pois a mudança de postura do protagonista soa brusca demais. Mesmo assim, é um ótimo exemplar do cinema italiano atual e uma exploração interessante das dificuldades para viver de arte e ser reconhecido pelo seu melhor trabalho sem perder sua essência.

Nota: 8,0

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