Crítica: Era Uma Vez Um Sonho (2020)

Histórias de superação tendem a emocionar, mas o risco de cair no dramalhão é enorme quando o roteiro e a direção não são bons.  Apesar de ter momentos de delicadeza, Era Uma Vez Um Sonho (Hillbilly Elegy, 2020) peca na condução das cenas de maior explosão emocional, além de ter um protagonista desinteressante e cujo ponto de vista é cheio de julgamentos.

Outro problema é a composição de Amy Adams, que até mostra potencial nas cenas calmas, mas elas são poucas e todo o resto é muito acima do tom necessário. Claro que o roteiro óbvio e a direção frouxa não ajudam. No entanto, o erro de escalação e a falta de nuance prejudicam bastante o apelo emocional da obra.

Já Hailey Bennett e Glenn Close estão excelentes, garantindo os melhores momentos do drama e encontrando nuance apesar dos elementos cafonas ao redor. Além delas, a bela trilha sonora, a fotografia eficaz e os acertos nos penteados, na maquiagem e no figurino evitam que o filme seja um desastre sem predicados.

Nota: 6

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