Crítica: Raya e o Último Dragão (2021)

Na última década, a Disney voltou a investir em animações focadas em princesas e outras personagens femininas no papel principal, mas com um toque mais feminista. O exemplo mais recente é Raya e o Último Dragão (Raya and the Last Dragon, 2021), uma aventura eletrizante e com um visual espetacular.

A personagem-título é uma jovem que vive em Kumandra, uma espécie de verão alternativa da Terra, dividida por reinos povoados por civilizações antigas e dragões. A mocinha da história encara uma jornada para encontrar o último dragão, na tentativa de trazer seu pai de volta e recuperar a harmonia do lugar onde vive.

A  estrutura do roteiro mais parece um vídeo game, com fases bem definidas em que a protagonista e seus amigos precisam superar um desafio para passar para a próxima etapa até o derradeiro combate final. A narrativa é prejudicada pela superficialidade dos personagens secundários que funcionam como alívio cômico, com exceção do dragão dublado por Awkwafina.

A mensagem que exalta a confiança em outras pessoas é um pouco confusa no que realmente quer passar, além de ser martelada quase o tempo todo de maneira nada sutil. Apesar desses problemas, o ritmo do filme é alucinante e as cenas de ação são o ponto alto, junto do subtexto queer presente em toda a obra. E é sempre revigorante ver animações tão grandes apostarem em culturas pouco abordadas em blockbusters, como aspectos da cultura do sudeste asiático, no caso.

Nota: 7

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