Crítica: Eu Me Importo (2021)

Rosamund Pike parece ter nascido para interpretar personagens vilanescas. Ainda que essa fabulosa atriz se saia muito bem em outros tipos de papéis, o ponto forte da britânica é fazer loiras de caráter duvidoso e língua afiada. Depois de impressionar em Garota Exemplar (Gone Girl, 2014), a artista volta a esse tipo de protagonista em Eu Me Importo (I Care a Lot, 2021), um suspense com uma veia cômica bastante aflorada.

O filme aborda uma golpista sem escrúpulos que fez carreira enganando idosos e juízes para conseguir ser declarada como cuidadora legal de senhores e senhoras considerados incapacitados. Como as finanças dessas pessoas passam a ser controladas por ela, seu plano de enriquecer às custas dos outros dá certo. Tudo muda quando uma de suas vítimas é alguém diferente do que o esperado, criando uma série de complicações perigosas.

À medida que esta comédia envereda para um clima que se assemelha ao estilo dos irmãos Coen, a obra perde um pouco o gás devido à ausência de verossimilhança, principalmente no último ato. Porém, a cena final fecha o filme muito bem.

A trilha sonora apoiada em sintetizadores é um dos grandes destaques de Eu Me Importo, assim como o elenco de apoio. Apesar de não ser tão aproveitada como poderia, Dianne Wiest faz um trabalho excelente e inesperado, roubando todas as suas cenas e fazendo falta quando está ausente.

Nota: 7.5

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