Crítica: Matrix Resurrections (2021)

Depois de revolucionar o cinema com um dos filmes mais influentes das últimas décadas e de tentar repetir a magia com duas continuações ao mesmo tempo interessantes e frustrantes, Lana Wachowski retorna ao universo de Matrix (The Matrix, 1999) universo com uma bem-vinda reinvenção, cheia de emoção.

No divertido e eletrizante Matrix Resurrections (The Matrix Resurrections, 2021), as expectativas do público são subvertidas logo de cara, com o roteiro apostando na metalinguagem para criticar a falta de originalidade em blockbusters recentes. Essa crítica está presente em toda a obra, mas o filme é sobre muito mais do que isso, com o seu cerne sendo uma bela história de amor. Diferentemente dos seus filmes anteriores, dessa vez a diretora não trabalhou com sua irmã, Lilly Wachowski. Porém, a qualidade não caiu sem a presença da outra cineasta responsável pelo primeiro filme da saga.

Mesmo não sendo tecnicamente revolucionária, esta ousada continuação é primorosa de um jeito que faz sentido devido à nova proposta, com as cenas de ação sendo propositalmente menos polidas e menos proeminentes na jornada do protagonista. Além disso, a paleta de cores explorada aqui dá ainda mais frescor à aventura de uma versão diferente de Neo, vivido com complexidade por Keanu Reeves. Também vale destacar sua química com Carrie-Ann Moss e as performances carismáticas de Yahya Abdul-Mateen II, Jonathan Groff e Jessica Henwick.

Nota: 8.5

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