Crítica: Respect: A História de Aretha Franklin (2021)

Biografias de cantores precisam de muito vigor e ousadia para que não caiam nas mesmas fórmulas batidas desse tipo de filme. No caso de Respect: A História de Aretha Franklin (Respect, 2021), todos os ingredientes que já vimos em Johnny e June (Walk the Line, 2005), Ray (2004) e tantos outros estão lá. Apesar de não ser um desastre como Bohemian Rhapsody (2018), a obra focada na “Rainha do Soul” é tão burocrática que parece uma lição de casa feita sem a menor inspiração.

As escolhas visuais são as mais óbvias possíveis e a narrativa não passa de uma sucessão de episódios previsíveis. Felizmente, as músicas da cantora retratada no filme são irresistíveis, e o elenco se esforça para apresentar algo decente, mesmo com personagens cujo desenvolvimento é superficial ou nulo.

Jennifer Hudson faz o possível para manter a nossa atenção, mas os únicos momentos em que consegue brilhar são nas cenas em que canta. No resto do filme, ela vive a protagonista como uma moça inocente e sem muita personalidade que subitamente passa a tratar mal as pessoas próximas depois do estrelato. Esse é o maior erro da obra, que não consegue mostrar com profundidade quem realmente era Aretha Franklin, cujo legado é muito mais impactante do que este drama faz parecer.

Nota: 5

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