Crítica: Oxigênio (2021)

Alexandre Aja é expert em fazer suspenses enxutos, simples e eficazes. Assim como boa parte dos outros filmes da sua filmografia, Oxigênio (Oxygen, 2021) entrega mais do que o esperado, prendendo nossa atenção de maneira quase ininterrupta. Além da facilidade com que o diretor constrói a tensão, a obra acerta o alvo com a ajuda da atuação admirável de Mélanie Laurent, cuja personagem acorda em uma espécie de câmara criogênica sem ter como sair e sem saber quem é ou o motivo de estar ali.

O filme remete a outras obras focadas em personagens correndo contra o tempo para sobreviver em um espaço confinado, como Enterrado Vivo (Buried, 2010). No novo filme de Aja, essa corrida ocorre porque, como o título indica, o oxigênio na câmara vai pouco a pouco acabando.

O Oxigênio tem diversas reviravoltas, caminhando para rumos inesperados. Algo que corta a tensão em algumas cenas são os flashbacks, que nem sempre são realmente necessários, e as cenas em tempo real têm “respiros” suficientes para conferir modulação ao suspense. Apesar disso, o filme tem soluções visuais inventivas, mesmo com a restrição do espaço. E a trilha sonora inspirada eleva ainda mais a aflição constante.

Nota: 7.5

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