Crítica: Noite Passada em Soho (2021)

O diretor Edgar Wright sempre faz filmes marcados pela atmosfera de diversão e por muito estilo. Noite Passada em Soho (Last Night in Soho, 2021) não foge à regra, inserindo o público em uma inebriante viagem ao passado. 

O visual da obra, que em alguns momentos homenageia filmes como Suspiria (1977), é um dos pontos fortes deste novo trabalho do cineasta. As atuações também ajudam a manter o nosso interesse do começo ao fim, em especial Diana Rigg, que brilha em seu último papel. É uma pena que, para dar à atriz algo interessante a fazer, o roteiro force uma reviravolta que joga no lixo a construção que estava sendo feita até então. 

Falando nisso, faltou sutileza e até clareza na mensagem que o filme tenta passar. Não ajuda que as personagens não passam de arquétipos pouco desenvolvidos, desde a mocinha pura até a vilã que atormenta a vida da protagonista e nem é aproveitada direito. 

Outro problema é que as inserções musicais são excessivas e nem sempre acrescentam algo à narrativa, cujo clima de suspense só chega de fato no terceiro ato. Ainda bem que o diretor é inventivo e cria planos bastante criativos ao longo de toda a duração, elevando a qualidade da obra. 

Nota: 5.5

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