Crítica: Space Jam: Um Novo Legado (2021)

Os Looney Tunes têm um potencial enorme para o cinema, pois são facilmente reconhecidos praticamente no mundo todo por pessoas de várias idades e pela riqueza de material que poderia inspirar novas histórias. A melhor delas até agora é Looney Tunes: De Volta à Ação (Looney Tunes: Back in Action, 2003), justamente porque Joe Dante soube captar o espírito anárquico dos personagens e deu protagonismo a eles, diferentemente de Space Jam: O Jogo do Século (Space Jam, 1996), que era mais focado em Michael Jordan. Porém, a aventura estrelada pelo jogador de basquete era charmosa o bastante para marcar uma geração.

Em Space Jam: Um Novo Legado (Space Jam: A New Legacy, 2021), há uma tentativa de capturar o que deu certo no hit de 1996. A maior diferença é a atualização da tecnologia, com a internet tornando-se integral para a história, que também acompanha um jogador de basquete famoso – vivido por ele mesmo – sendo ajudado por Pernalonga e companhia a partir de um jogo de basquete contra criaturas do mal.

O filme com Jordan era bem mais simples, inclusive visualmente, e sua eficácia deve-se a uma confluência de fatores, como o magnetismo do jogador, a interação com os personagens animados e até as deixas musicais, lembradas até hoje. Já no novo filme, ficamos presos à atuação sem carisma nenhum de LeBron James. Falta equilíbrio ao balancear piadas para crianças e referências de filmes que o público-alvo provavelmente nunca ouviu falar e que nem são apropriados para ele.

Felizmente, Don Cheadle está muito bem como vilão, fazendo cada minuto contar. É uma pena que seu personagem tenha motivações sem sentido. Falando nisso, a lógica do jogo é completamente inexistente, com pontos e poderes surgindo de forma inverossímil até para um filme infantil dos Looney Tunes, que, por sinal, são muito mal aproveitados.

Nota: 3.5

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