Crítica: A Mulher na Janela (2021)

Adaptado de um livro homônimo, A Mulher na Janela (The Woman in the Window, 2021) é um suspense sobre uma psicóloga agorafóbica que acredita ter visto sua vizinha ser assassinada pelo marido. Claramente inspirada no clássico Janela Indiscreta (Rear Window, 1954), o novo filme dirigido por Joe Wright tem um roteiro que parece requentado, mas o cineasta encontra soluções estilísticas interessantes para aumentar o nosso interesse. Nem todas as escolhas acertam no alvo, mas ao menos os riscos tornam a experiência divertida de acompanhar.

Um dos aspectos positivos é a fotografia bastante chamativa de Bruno Delbonnel, que utiliza muito bem luzes, cores bem fortes e outros recursos para proporcionar um visual que dá um toque especial à obra, mesmo que a história se passe quase toda dentro de uma casa. O som também merece aplausos, ajudando na sensação de imersão e confinamento.

Já o elenco é irregular. Enquanto Amy Adams e Julianne Moore fazem o possível para elevar o material, os demais atores ou não têm muito a fazer ou acabam ficando um tom acima do necessário. Algumas cenas beiram o ridículo, mas A Mulher na Janela cumpre o seu papel como entretenimento, parecendo um daqueles suspenses dos anos 90 lançados todo mês e cujo único objetivo era proporcionar algumas horas de diversão ao público.

Nota: 6

Related Post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Translate »
RSS
Follow by Email