Crítica: Mulan (2020)

Sem Mushu ou números musicais, a refilmagem de Mulan (1998) optou por um caminho diferente dos outros remakes de animações clássicas da Disney. Em vez de simplesmente recriar cena a cena com o máximo de fidelidade, o novo Mulan (2020) toma liberdades para proporcionar uma aventura épica tanto para fãs quanto para quem nunca viu o desenho.

No geral, a diretora Niki Caro conseguiu atingir seu objetivo. As cenas de ação são muito bem orquestradas e os dilemas dos personagens são mostrados de maneira envolvente, assim como no original. Além disso, a parte técnica é de encher os olhos, principalmente o figurino.

A nova versão peca por inserir uma narração em off completamente descartável e por transformar as conquistas da protagonista em uma consequência de uma espécie de poder sobrenatural, como se fosse uma jedi, o que esvazia a mensagem de que ela chegou tão longe graças ao próprio esforço. E incomoda também a forma banal como a violência é retratada.

O elenco está todo muito bem, com destaque para Gong Li, que rouba todas as cenas com uma antagonista que é uma ótima adição à história. A atriz tem uma presença magnética e dá muita profundidade a uma personagem que poderia ser facilmente unidimensional e caricata. Um spinoff sobre ela seria muito bem-vindo.

Nota: 6.5

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