Crítica: Saint Frances (2020)

No maravilhoso Saint Frances (2020), acompanhamos uma adulta sem rumo aproveitando a oportunidade de passar uma temporada trabalhando como babá, no mesmo período em que acaba lidando com a decisão de abortar e com suas consequências, psicológicas e para o próprio corpo.

Com uma voz bastante clara sobre o que quer dizer, a roteirista Kelly O’Sullivan faz uma trabalho primoroso ao mostrar com bastante delicadeza uma variedade de questões, desde depressão pós-parto até o impacto da religiosidade na vida de um casal lésbico. Uma das melhores cenas do filme, por exemplo, é uma confissão feita em forma de brincadeira, mas que revela muito mais do que esperávamos. Apesar de lidar com temas bem densos, este filme tem uma leveza incrível, trabalhando cada assunto sem pesar a mão.

A roteirista é quem protagoniza a história, e sua atuação é excelente. Além dela, somos agraciados com as performances de outros atores que compõem um elenco sem um único elo fraco. Todos estão luminosos e são muito bem aproveitados pelo diretor Alex Thompson, que foi capaz de criar um daqueles filmes que dão vontade de assistir novamente assim que acabam.

Nota: 9.0

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