Crítica: Possessor (2020)

Dirigido por Brandon Cronenberg, Possessor (2020) é uma ficção científica envolvente sobre uma organização que utiliza uma tecnologia capaz de transportar a mente de agentes para o corpo de outras pessoas. Assim, elas podem cometer assassinatos para receber uma alta quantia em dinheiro sem punições.

O filho do cineasta David Cronenberg mantém algumas das principais características do veterano diretor, incluindo a habilidade para criar uma atmosfera de suspense e terror bastante eficaz. Além da premissa instigante, somos fisgados já no início graças ao inventivo apuro visual do filme.

Andrea Riseborough e Christopher Abbott fazem um ótimo trabalho mantendo o nosso interesse do início ao fim. Porém, a parte mais complexa e interessante da história acaba demorando muito para acontecer, gerando um clímax que não tem o apelo emocional necessário para gerar o impacto que a obra parece mirar.

Outro problema de Possessor é a fetichização desnecessária da violência, usada para entreter quem aprecia cenas de gore. A forma extrema com que esses momentos são filmados acaba deixando a impressão de que o diretor queria apenas chocar por chocar, sobrando mais estilo do que substância.

Nota: 6,0

Related Post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Translate »
RSS
Follow by Email