Crítica: Vitalina Varela (2020)

A forma como o luto é abordado em Vitalina Varela (2020) é o grande diferencial deste drama português sobre uma mulher que vai de Cabo Verde a Portugal em busca do marido que não via há anos. Depois de descobrir que ele morreu há poucos dias, ela passa a vagar por onde ele morava, num processo de descoberta dos segredos desse homem com quem não convivia mais.

Leonardo Simões é o responsável pela fotografia, que aposta em tons escuros para criar uma atmosfera fantasmagórica e sufocante. O jogo de luzes transforma a jornada da protagonista em algo único e poético. O som usado no filme também é um espetáculo, mas a grande atração é a própria Vitalina Varela, que dá vida à personagem de maneira hipnotizante.

O ritmo letárgico e as falas sussurradas no mesmo tom durante toda a duração fazem do filme uma experiência muito desafiadora. No entanto, a beleza de Vitalina Varela está no fato de ficar com você bem depois do término desta obra, que é mais fácil de admirar do que de amar.

Nota: 7,5

Related Post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Translate »
RSS
Follow by Email