Crítica: A Assistente (2020)

Depois de ter roubado a cena nas séries The Americans e Ozark, Julia Garner continua surpreendendo. Em A Asssistente (The Assistant, 2020), a atriz brilha com uma composição bastante delicada e contida. A jovem vive uma assistente de um executivo poderoso e abusivo. Claramente inspirado pelo escândalo envolvendo Harvey Weinstein, o filme é como uma panela de pressão, em que vemos uma profissional promissora tendo que contornar o assédio constante em seu ambiente de trabalho.

A diretora Kitty Green é muito perspicaz, evitando histrionismos e tomando decisões acertadas, como não mostrar o chefe da protagonista, o que provoca uma sensação ainda maior de ameaça. Além disso, o drama mostra como funcionários sem poder de decisão se sentem encurralados, como na cena envolvendo o responsável de Recursos Humanos interpretado com gosto por Matthew Macfayden, que reflete bem a sensação de desamparo.

Nota: 8.5

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