Crítica: Four Good Days (2021)

O ponto de partida de Four Good Days (2021) é algo diferente do que vimos em outros dramas sobre pessoas com algum tipo de vício. Baseado em uma história real, o filme mostra uma mãe e sua filha dependente química nos dias que antecedem o começo de um novo tratamento, o qual só dá certo depois que a jovem fica alguns dias sem consumir nenhuma droga. As duas se veem obrigadas a viver juntas novamente e passar pelos tensos dias de abstinência até que o tratamento possa começar.

É uma pena que o diretor Rodrigo García não consiga extrair a tensão necessária para o filme ser marcante. Além de ter um roteiro que recorre a situações batidas, o drama não explora a edição e o som como poderia. E a fotografia é insossa demais, dando um ar de filme realizado para TV.

O cineasta poderia ter dado mais urgência à narrativa a partir de uma atmosfera de suspense, mas prefere o drama básico. Outra solução para deixar as coisas mais interessantes seria utilizar a o quebra-cabeça como recurso visual para mostrar a evolução do tempo e da relação entre as protagonistas.

Ainda assim, o filme está longe de ser ruim. Graças às atuações de Mila Kunis e principalmente de Glenn Close, acabamos nos envolvendo com aquelas personagens, torcendo para que tudo dê certo no fim. Close dá vida a uma personagem difícil, expressando a complexidade de seus dilemas internos com muita precisão. Além do ótimo trabalho das duas atrizes, Stephen Root tem cenas muito boas, mesmo que pudesse ter sido melhor aproveitado.

Nota: 6

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