Crítica: Calm With Horses (2020)

Cosmo Jarvis chamou a atenção pela primeira vez no sensual Lady Macbeth (2017), que revelou ninguém menos que Florence Pugh. Desde então, o charmoso ator fez poucos trabalhos que realmente explorassem todo o seu potencial dramático novamente. É aí que entra Calm With Horses (2020), um filme que o coloca como protagonista e permite que ele brilhe bastante, utilizando muito bem sua presença impactante.

A premissa de Calm With Horses é bem simples, abordando um brutamontes encarregado de cuidar da parte mais violenta das situações envolvendo uma família de traficantes da qual ele se sente parte. Ao se dividir entre essa “família” e os cuidados com seu filho pequeno, o personagem passa a se questionar sobre suas ações quando precisa matar alguém pela primeira vez.

A composição do protagonista é o ponto alto do filme, e o trabalho hipnotizante de Jarvis faz a transformação de seu personagem ser algo fascinante. Além disso, apesar de cair em alguns clichês, a obra é construída de forma tensa e com nuances, evitando o maniqueísmo barato.

Nota: 8

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