Crítica: King Richard: Criando Campeãs (2021)

Histórias biográficas de superação sempre foram muito comuns no cinema, afinal, é muito fácil se emocionar e se identificar com pessoas reais que conseguiram alcançar desafios quase inalcançáveis depois de várias provações. O problema é que, depois de tantos filmes assim, tais obras ficaram batidas, pois a maioria segue a mesma fórmula. King Richard: Criando Campeãs (King Richard, 2021) não foge à regra. 

Dirigido por Reinaldo Marcus Green de maneira burocrática, o filme conta a história de como o pai de Serena e Venus Williams foi crucial para as lendárias tenistas começarem sua jornada de sucesso na infância. O que prejudica a narrativa é a duração desnecessariamente excessiva (para um filme tão previsível) e o foco tão grande em um personagem tão irritante como o protagonista, vivido por um Will Smith dedicado e cheio de carisma (como era de se esperar), mas que se apoia demais em alguns cacoetes para se transformar na figura retratada. Se as duas meninas tivessem um desenvolvimento melhor, esses problemas já seriam amenizados.

Felizmente, o drama tem outros personagens cativantes e a trajetória das meninas é muito envolvente, então é difícil não torcer por elas. Além disso, alguns coadjuvantes vão além da superfície, em especial Jon Bernthal e Aunjanue Ellis, que fortalece uma personagem que poderia ser quase invisível, roubando a cena até nos momentos em que ela precisa apenas reagir aos outros, de forma bem naturalista. E é impossível não se empolgar com a canção de Beyoncé que fecha a obra.

Nota: 6.5

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