Cobertura Cinefantasy – Crítica: Carro Rei (2021)

Depois de dois filmes ótimos – Amor, Plástico e Barulho (2015) e Açúcar (2020) -, a diretora Renata Pinheiro retorna com uma obra bastante ambiciosa e ousada. Carro Rei (2021) é diferente de tudo o que você já viu e dificilmente você se esquecerá das imagens cativantes do filme, muito bem fotografado por Fernando Locket.

É melhor não contar muitos detalhes da premissa, para não tirar a graça de se surpreender com as viradas que a história dá, mas basta saber que este filme transgressor e de energia pulsante conta a história de um jovem que consegue se comunicar com um carro desde pequeno. Ao longo da obra, acompanhamos a situação saindo de seu controle e tomando dimensões que vão do micro ou macro de maneira extrema.

Matheus Nachtergaele está excepcional em um papel muito desafiador e suas cenas estão entre as melhores de Carro Rei. Há certa irregularidade nas atuações, o desenvolvimento do personagem principal deixa um pouco a desejar e alguns temas poderiam ter sido abordados com mais sutileza, mas isso não tira os louros do filme. É ótimo presenciar uma voz tão potente no cinema brasileiro fazendo algo vigoroso, com um visual incrível e reflexões pertinentes sobre tecnologia, intimidade e ambientalismo.

Nota: 7.5

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