Crítica: Censor (2021)

O suspense Censor (2021) parte de uma premissa muito intrigante: uma mulher responsável por censurar filmes de terror nos anos 1980 se vê no meio de uma trama que pode ter ligação com um trauma do seu passado. Trata-se de uma crítica interessante ao processo de censura à arte, com um clima de paranoia que se sustenta por quase toda a duração do longa-metragem.

Graças à atuação pungente de Niamh Algar, conseguimos nos colocar na pele da protagonista. A diretora Prano Bailey-Bond é habilidosa na condução do drama vivido pela personagem principal e na reconstituição de época, mas o filme não alcança seu potencial no que diz respeito à criação de um clima eficiente de horror.

As soluções visuais emulando as obras retratadas são muito escassas, ainda que o trabalho de edição seja muito bom. O último ato poderia ter sido explorado com mais profundidade e sem correria, aumentando o impacto e atingindo um ponto mais satisfatório, uma vez que a mudança drástica no comportamento da protagonista acaba sendo brusca demais.

Nota: 6

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