Crítica: PIG – A Vingança (2021)

O que você pensa quando lê o nome Nicolas Cage? Com uma carreira imprevisível, o ator já teve muitos altos e baixos, indo da vitória no Oscar até o estrelato protagonizando inúmeros blockbusters, passando pelo retorno ao Oscar e fazendo uma série de filmes de pouco prestígio em que suas atuações chamaram atenção por um estilo bastante histriônico. No entanto, mesmo na fase menos popular, Cage ainda fazia escolhas muito interessantes aqui e ali, inclusive obras bem recebidas mesmo sendo de gêneros que costumam ser erroneamente menosprezados.

Seu filme mais recente parece ser o ápice dessa trajetória. PIG – A Vingança (Pig, 2021) coloca o ator no papel de um homem que vive isolado com sua porca, usada para encontrar trufas valiosas. Quando o animal é raptado, o protagonista sai em sua busca, levando o público a conhecer mais dessa pessoa misteriosa pouco a pouco, numa trama imprevisível e cheia de camadas.

Nas mãos de outro cineasta, teríamos algo que descambaria para a violência desenfreada de filmes de vingança como os da série focada em John Wick. Porém, Michael Sarnoski vai muito além em sua estreia na direção de longas-metragens. Ele cria uma experiência contemplativa que subverte nossas expectativas a todo instante.

Para contar sua história, o diretor se apoia nas atuações admiráveis de atores como Alex Wolff e Adam Arkin, que aproveitam cada segundo para explorar as nuances de seus personagens. No entanto, a grande atração do show é Cage, que faz um trabalho meticuloso e extremamente maduro e sutil, enchendo seu personagem ameaçador de afetuosidade e empatia.

Nota: 9

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