Crítica: Zola (2021)

Baseado em uma série de tweets, a comédia Zola (2021) acompanha os acontecimentos imprevisíveis que levaram ao rompimento da amizade de duas jovens após uma viagem. A diretora Janicza Bravo faz escolhas criativas e muito inteligentes, demonstrando controle total sobre a narrativa, por mais alucinante e inconsequente que seja a trajetória retratada.

Além do apuro visual, o filme funciona muito bem graças às atuações bastante comprometidas de todo o elenco principal, formado por Colman Domingo, Riley Keough, Nicholas Braun e Taylor Paige, que utiliza muito bem seu timing cômico, sem deixar que a preocupação que sua personagem sente fique em segundo plano, revelando muito com simples olhares.

Também merece elogio a trilha sonora criada por Mica Levi. A compositora ajuda a criar uma atmosfera de fábula, a partir de sons etéreos e convidativos. Com isso, a saga da protagonista ganha uma aura de conto de fadas às avessas.

Apesar de ter um terceiro ato um pouco súbito, de não se aprofundar muito em cada personagem e de não aproveitar todo o potencial das diferentes perspectivas, o que acontece só em um inspirado momento em certo ponto da obra, Zola é um ótimo exemplo do talento dos envolvidos.

Nota: 8

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