Crítica: Beleza Eterna (2020)

A esquizofrenia é o tema de Beleza Eterna (Eternal Beauty, 2020), drama britânico sobre uma mulher cuja saúde mental sai do controle após um trauma quando era mais jovem . No filme, acompanhamos suas dificuldades para lidar com a pressão pela “normalidade”, inclusive por parte da própria família disfuncional.

Um dos pontos altos da obra é a abordagem dos efeitos de medicamentos usados em tratamentos como o da protagonista, que oscila entre a letargia e a euforia. Sally Hawkins mostra muito bem todos os altos e baixos da personagem. A atriz faz um trabalho bastante delicado e meticuloso, inclusive nos vários momentos em que o humor domina.

É uma pena que o diretor não tenha pleno domínio da narrativa, que atira para todos os lados, não se aprofunda muito nos ganchos que o roteiro solta e se perde nas variações de tom. Além disso, a direção chama atenção demais para si quase o tempo todo, como se um estudante de hipster dos anos 2000 estivesse atrás das câmeras.

Nota: 5

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