Crítica: A Verdade (2020)

Duas das maiores atrizes do cinema contracenando num drama sobre uma diva da atuação sendo confrontada por sua filha com quem nunca teve uma boa relação. Um diretor excelente conhecido por sua pegada humanista e naturalista. Era a receita para um filme no mínimo ótimo, mas A Verdade (The Truth, 2020) não funciona tão bem quanto poderia, gerando um bom passatempo mas sem um ingrediente para fazer a mistura ter liga.

A obra é válida por suas estrelas, que elevam muito o material. Catherine Deneuve e Juliette Binoche não precisam mais provar nada a ninguém, então apenas aproveitam a oportunidade e garantem a dose de entretenimento esperada. Ver as duas atrizes se divertindo enquanto trocam farpas é uma delícia. E a discussão a respeito de como as memórias nos traem e mantêm ressentimentos é bem explorada.

Infelizmente, o roteiro é quase insosso e não aproveita o grande potencial daqueles conflitos. Além disso, o filme de Hirokazu Koreeda acaba não achando o tom certo, ficando num limbo estranho entre a dramaticidade e a comicidade.

Nota: 6.5

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