Crítica: Dente de Leite (2020)

Depois de tantos filmes e séries sobre personagens com câncer, é fácil sentir a sensação de mesmice diante de obras que não se esforçam para entregar algo que vai além do arroz e feijão. No caso de Dente de Leite (Babyteeth, 2020), a diretora Shannon Murphy demonstra talento para tratar o assunto de modo sensível e sem pieguice, com destaque para os momentos finais, que são belíssimos e emocionantes, além de bastante inteligentes.

A estrutura episódica e as inserções em que a protagonista quebra a quarta parede nem sempre surtem o efeito esperado. Além disso, o filme foca num romance que causa mais desconforto que encanto, reduzindo um pouco o impacto da história de amor retratada, apesar dos esforços do elenco. Essie Davis e Ben Mendelsohn brilham muito como os pais da jovem com câncer. Os momentos finais de ambos são avassaladores.

Nota: 7

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