Crítica: Soul (2020)

Sinônimo de diversão inteligente, visual inovador, temas relativamente complexos e cenas de partir o coração, a Pixar é especialista em fazer animações desafiadoras que agradam ao mesmo tempo crianças, adolescentes e adultos. Soul (2020) tem tudo isso, ainda que não chegue ao patamar de alguns filmes do estúdio que atingiram a perfeição.

A nova aventura lançada pela Disney é uma exploração metafísica da morte e de angústias comuns a artistas, principalmente quem ainda não alcançou a realização profissional desejada. O espaço onde o protagonista vai parar após morrer é uma das coisas mais incríveis que a Pixar já fez, a partir de uma composição visual bem sofisticada.

Outros elementos impressionantes são a memorável trilha sonora e a dublagem inspirada, incluindo a brasileira Alice Braga, num papel de importância e que nunca é motivo de piadas a troco de seu sotaque latino, tratado com naturalidade. Além disso, os detalhes de Nova York são caprichados e o co-diretor Kemp Powers é essencial para garantir a autenticidade necessária para o tratamento dos personagens negros.

Os únicos pontos que comprometem um pouco Soul são a leve “barriga” no meio do filme e a mensagem bonita mas um tanto quanto simplória do fim, especialmente após os personagens debaterem sobre o propósito da vida de maneira complexa ao longo da animação. No entanto, isso não prejudica o efeito inspirador que a obra provoca.

Nota: 8

Related Post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Translate »
RSS
Follow by Email