Apostas para o Oscar 2020 – Melhor diretor

Fincher finalmente leva? Teremos uma diretora não branca indicada pela primeira vez? Será que um diretor de animação consegue fazer história? Estamos no momento para imaginar cenários promissores como esses. Confira as minhas apostas para melhor diretor no próximo Oscar:

1. David Fincher – Mank

Bastante cultuado, Fincher ganhou a aura de injustiçado ao perder o prêmio para Tom Hooper. Devido ao cacife do filme novo, que deve ser a grande aposta da Netflix e tem muitos ingredientes que a Academia ama (filme sobre Hollywood, biografia de um homem conhecido na indústria, fotografia em preto e branco, etc.), o diretor já está na frente dos outros. Só precisa que o drama seja aclamado para se consolidar.

2. Chloe Zhao – Nomadland

Aclamadíssima pelo maravilhoso Domando o Destino e com Eternos à caminho, Zhao vive um momento decisivo em sua carreira. Pelo que parece, este drama tem tudo para ser o indie queridinho das premiações neste ano e logo as exibições nos festivais vão comprovar ou não. Ela seria a primeira diretora não branca indicada na categoria, então é claro que já estou na torcida para o filme ser tudo isso.

3. Steven Spielberg – West Side Story

Esta lenda do cinema vai tentar sua 8ª indicação e 2ª vitória como diretor. Mas, será que ele é a pessoa certa para fazer a refilmagem de um musical? E sobre latinos? Se tiver mais vida que boa parte dos filmes Oscar bait que ele fez nas últimas décadas, já estaremos no lucro.

4. Aaron Sorkin – The Trial of the Chicago 7

Vencedor do Oscar como roteirista, Sorkin teve boas menções na sua estreia na direção. Dessa vez, a história que vai dirigir é mais masculina do que seu filme anterior, o que automaticamente já aumenta sua chance, pois a Academia quase sempre prefere filmes sobre homens.

5. Paul Greengrass – News of the World

Com um estilo que nem sempre combina com os filmes escolhidos, Greengrass já tem uma indicação e pode voltar com este filme promissor.

6. Regina King – One Night in Miami

No auge da carreira, King tem um monte de prêmios de atuação, incluindo seu merecido Oscar de coadjuvante. Veremos se ela também é talentosa dirigindo filmes. A julgar pela presença nos festivais mais prestigiados do segundo semestre, tudo indica que sim.

7. Ron Howard – Hillbilly Elegy

A vitória controversa por Uma Mente Brilhante faz muita gente torcer o nariz para este diretor, que tem nas mãos uma obra com muitos elementos que a Academia costuma adorar.

8. Francis Lee – Ammonite

Uma das grandes apostas do ano é o segundo filme do diretor do subestimado O Reino de Deus. Se seu novo romance não decepcionar, uma indicação pode acontecer.

9.Dennis Villeneuve – Dune

Cada vez mais cultuado, Villeneuve já foi indicado por A Chegada, outra ficção científica. Será que vão abraçar uma refilmagem de um filme que foi um fiasco retumbante?

10. Shaka King – Judas and the Black Messiah

Uma das incógnitas da temporada, o filme tem muito potencial para várias indicações, incluindo para seu diretor.

 

Outras possibilidades:

Tom McCarthy – Stillwater

Mesmo com um estilo de “direção invisível”, McCarthy conseguiu uma indicação por Spotlight, que acabou vencendo melhor filme. Esta é sua melhor chance de voltar à premiação.

Kelly Reichardt – First Cow

Esta diretora subestimada lançou um de seus filmes mais elogiados e acessíveis, mas ainda bastante pequeno e pouquíssimos diretores de filmes minúsculos têm sido reconhecidos pela Academia, a não ser quando o filme consegue indicação na categoria principal.

Sofia Coppola – On the Rocks

Ela pode se tornar a única diretora indicada mais de uma vez se a Academia cair de amores por seu novo filme.

Eliza Hittman – Never Rarely Sometimes Always

Com uma recepção espetacular, temática relevante e prêmio no Festival de Berlim, esta diretora deve surgir em várias premiações dos críticos. Será o bastante para bater pesos pesados?

Lee Isaac Chung – Minari

Se o filme for tão amado quanto foi em Sundance, o Oscar pode querer reconhecer seu diretor.

Lee Daniels – The United States Vs. Billie Holiday

Um dos únicos diretores pretos indicados, Daniels tem um estilo divisivo, mas o novo filme parece ser bastante convencional, o que é sempre visto com bons olhos pela Academia, infelizmente.

Christopher Nolan – Tenet

Parte da indústria deve querer recompensar Nolan por arriscar a vida das pessoas, quer dizer, “salvar o cinema” durante a pandemia. Ainda que este não seja seu filme mais aclamado, a ambição e o apuro técnico podem fazer ele ser lembrado.

Spike Lee – Da 5 Bloods

Vencedor de um Oscar honorário, Lee surpreendentemente só tem uma indicação como diretor, por Infiltrado na Klan. Apesar de não ser prioridade para a Netflix e de um lançamento bem cedo, não dá para descartar, pois o filme teve ótimas críticas e agora ele já faz parte do clube de diretores indicados.

Adrian Lyne – Deep Water

Indicado por Atração Fatal, Lyne volta depois de um longo hiato e pode surpreender caso o filme seja de alto nível.

Pete Docter e Kemp Powers – Soul

Nunca um diretor de uma animação foi indicado, mas tem uma primeira vez para tudo, né? Se o filme for bem recebido como eu imagino que será, Docter e Powers podem fazer história.

 

Se os filmes forem lançados a tempo:

Taika Waititi – Next Goal Wins

Wes Anderson – The French Dispatch

Mike Willis – C’mon C’mon

George Clooney – The Midnight Sky

Joel Coen – The Tragedy of Macbeth

 

O que achou dessas possibilidades? Confira minhas apostas nas categorias de atuação:

Melhor atriz

Melhor ator

Melhor atriz coadjuvante

Melhor ator coadjuvante

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