Crítica: Apples (2020)

A mesma sensibilidade de filmes como Dente Canino (Dogtooth, 2010) é encontrada em Apples (2020), debut de Christos Nikou no comando de um longa-metragem. Não é à toa, já que ele foi assistente de direção daquela obra incrível de Yorgos Lanthimos. Com um humor peculiar e que beira o absurdo, este novo filme grego é uma cativante análise da nossa apatia e da forma como interagimos socialmente.

A premissa parte de um princípio instigante: depois de uma pandemia de amnésia, muitas pessoas precisam reaprender a lidar com as próprias memórias, e é aqui que entra o protagonista, um homem de meia-idade que acaba participando de um programa governamental para ter uma nova identidade.

A maneira como o personagem principal, vivido pelo ótimo Aris Servetalis, lida com os pequenos prazeres que nós esquecemos de aproveitar é o grande destaque de Apples, uma experiência prazerosa e reflexiva, ainda que não preencha o nosso vazio inteiramente.

Nota: 8.0

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