Crítica: Minari – Em Busca da Felicidade (2020)

Partindo de suas próprias experiências familiares, Lee Isaac Chung  explora em Minari – Em Busca da Felicidade (Minari, 2020) uma situação universal, com a qual pessoas de qualquer lugar do mundo podem se identificar. O filme mostra uma família sul-coreana adaptando-se à nova realidade quando começam a morar no interior dos Estados Unidos em busca de uma vida melhor.

Mesmo com inúmeros momentos de partir o coração e afiados como uma faca, o drama é uma das experiências mais afetuosos que você pode ter vendo um filme, graças ao roteiro sensível e à mão delicada do diretor. Ancorado por uma trilha acachapante e uma fotografia que remete aos melhores trabalhos de Terrence Malick, Chung encontra ouro em seu pequeno grande retrato de estadunidenses originários de outros país, sem nunca cair no maniqueísmo ou na obviedade.

O único elemento que destoa em Minari é o tom de um personagem peculiar que ajuda a família, mas isso não atrapalha o filme, que aborda questões como religiosidade, problemas matrimoniais. Steven Yeun e Han Ye-ri vivem os pais com sutileza e complexidade, enquanto o garoto Alan Kim é uma revelação, intercalando doçura com ressentimento. Suas cenas com Youn Yu-jung são magníficas, desde as mais tocantes até as genuinamente engraçadas. O trabalho dessa atriz veterana é absolutamente perfeito e a personagem é o coração deste filme fantástico.

Nota: 9.5

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One thought on “Crítica: Minari – Em Busca da Felicidade (2020)

  1. Steven Yeun vem crescendo cada vez mais em mim. Estupendo em Burning, maravilhoso aqui.

    E o filme é um amorzinho, né? Apesar dos momentos não-felizes para eles, o enredo nos abraça. E isso é personificado pela personagem da avó. Perfeita interpretação, aliás.

    Todos muito bem, história que me tocou muito. 10 no meu coração hahaha. 😉

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