Crítica: Sertânia (2020)

Não faltam imagens que grudam na mente em Sertânia (2020), filme dirigido por Geraldo Sarno. Isso não poderia ser mais coerente, afinal, o belo drama é sobre memórias. Ao longo da obra, vemos os delírios de um homem prestes a morrer depois de um conflito.

O roteiro não chega a se aprofundar tanto como poderia e a edição marcada por flashbacks e repetições acaba confundindo, mas isso não atrapalha o impacto do filme e faz sentido pela proposta da obra, que reflete o estado mental do personagem principal. Além disso, o estilo quase documental e a saturação das imagens garantem a imersão que a história pede.

A fotografia em preto e branco de Sertânia é tão primorosa que faz a gente querer pausar o filme a todo momento para absorver cada detalhe do espetáculo visual apresentado. Além do trabalho de Miguel Vassy, responsável pela fotografia, o filme alcança um ótimo nível por conta da direção magnética, que passeia pelos ambientes e pelas lembranças do protagonista com graciosidade e vigor.

Nota: 8

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