Crítica: Os 7 de Chicago (2020)

Em seu segundo filme como diretor, o roteirista Aaron Sorkin dá um passo maior que a perna, sem conseguir criar algo à altura da importante história contada. Os 7 de Chicago (The Trial of the Chicago 7, 2020) é um drama que entretém do início ao fim, mas com pouca ou nenhuma nuance. Os personagens são quase todos unidimensionais e alguns bem caricatos. Enquanto alguns atores sobrevivem intactos (como Michael Keaton, Mark Rylance, Yahya Abdul-Mateen II e John Carroll Lynch), outros pesam a mão (Eddie Redmayne e Jeremy Strong).

As cenas absurdas do julgamento divertem e geram a revolta esperada, mas Sorkin trata o assunto sem se aprofundar nas complexidades do tema, priorizando o espetáculo, que nem sempre acerta o alvo. Até a cena final, que deveria ser inspiradora e emocionante, acaba sendo uma apelativa prova de que o cineasta atira para todos os lados de maneira bem atrapalhada.

Nota: 5.5

 

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