Crítica: Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre (2020)

Depois do ótimo Ratos de Praia (Beach Rats, 2017), a cineasta Eliza Hittman conseguiu ir além, criando um dos melhores filmes de 2020. Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre (Never Rarely Sometimes Always, 2020) acompanha uma adolescente lidando com suas decisões ao descobrir que está grávida. Com muito naturalismo e um olhar humanista, o drama foge do didatismo ao mostrar como o machismo e os abusos sexistas estão presentes no dia a dia de mulheres jovens, seja em casa, no trabalho, na escola ou em outros ambientes.

Mesmo evitando soluções fáceis e óbvias, o filme provoca um impacto enorme a partir de cenas simples e muito bem conduzidas, graças à sensibilidade da diretora e às atuações excepcionais de Talia Ryder e Sidney Flanigan, que surpreende do início ao fim, incluindo na poderosa cena de onde o título da obra foi tirado.

Nota: 9.5

Related Post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Translate »
RSS
Follow by Email