À primeira vista, a temporada parece estar fraca para a categoria de melhor ator. Porém, essa impressão só ocorre se considerarmos apenas os nomes mais conhecidos em filmes grandes e convencionais. Ao abrirmos nosso horizonte, percebemos que há possibilidades muito dignas e que poderiam render indicações inspiradíssimas. Será que os votantes do Oscar e de outras premiações vão fugir do óbvio?
Confira as previsões de setembro para o Oscar de melhor ator:
1. Ralph Fiennes, Conclave
Nos festivais de Toronto (TIFF) e Telluride, este respeitado ator britânico foi considerado o grande destaque do filme, que pode ter um desempenho ótimo na temporada de premiações. Depois de duas indicações, sendo a última há quase três décadas, Fiennes tem potencial para conquistar o Oscar se os outros concorrentes não tiverem tanto gás na corrida.
2. Colman Domingo, Sing Sing
Após debutar no Oscar ano passado, Domingo entregou uma das atuações mais prestigiadas de 2024, num filme considerado emocionante. Apesar de não ser mais prioridade de sua distribuidora, os críticos e o sindicato de atores podem dar o impulso que ele necessita para sair vitorioso.
3. Adrien Brody, The Brutalist
A grande pedra no sapato de Domingo é este vencedor do Oscar. Há o risco de Brody tirar o foco de Domingo no circuito da crítica, assumindo a dianteira na disputa com Fiennes, que deve ter um apelo mais popular.
4. Timothée Chalamet, A Complete Unknown
Falando em apelo popular, um dos atores mais conhecidos da atualidade está na biografia de Bob Dylan. No entanto, o filme pode se tornar mais uma biografia esquecível e básica, enfraquecendo o ator, que também tem a visibilidade proporcionada por Duna: Parte 2 (Dune: Part Two), um sucesso que deve entrar facilmente em melhor filme.
5. Daniel Craig, Queer
Apesar de não ter saído de Veneza com a Volpi Cup de melhor ator, Craig ainda está na disputa por uma indicação. O problema é que ele não está entre as prioridades da A24, o que deixa esta última vaga bem aberta.
Outras possibilidades:
6. Sebastian Stan, O Aprendiz (The Apprentice)
A recepção ao filme mostrando a origem de Donald Trump não foi das melhores, mas o hype em torno do tema em ano de eleição pode favorecer Stan, a não ser que o esgotamento em relação ao candidato republicano às eleições dos Estados Unidos atinja o ápice, e a indústria não queira tocar no assunto – ele vencendo ou não a disputa presidencial.
7. Sebastian Stan, A Different Man
Após vencer o prêmio de ator em Berlim, Stan parecia bem posicionado para se consolidar nesta categoria. Porém, a A24 não tem dado muita atenção ao filme, e não ajuda a presença de outro filme com ele vivendo um personagem real bastante notório.
8. Paul Mescal, Gladiador 2 (Gladiator II)
Se Mescal conseguiu debutar no Oscar com um filme minúsculo como Aftersun, uma indicação pela continuação de um vencedor de melhor filme será moleza, certo? Não necessariamente… O filme pode não ser bem recebido e fracassar, prejudicando o ator mesmo num ano aparentemente não tão disputado.
9. Glen Powell, Assassino por Acaso (Hit Man)
Depois de estrelar vários hits consecutivos, Powell está na crista da onda. Seu papel mais elogiado até agora tem atrativos de sobra para chamar atenção, mas ele precisa que alguns precursores o coloquem no mapa.
10. Jesse Plemons, Tipos de Gentileza (Kinds of Kindness)
Vencer o prêmio de atuação em Cannes não significa que uma indicação a outros prêmios virá, ainda mais num filme tão inusitado quanto esta comédia. No entanto, há espaço para Plemons comer pelas beiradas e passar a perna em gente que está em projetos mais convencionais.
No radar:
Jharrel Jerome, Unstoppable
Nicholas Hoult, Juror #2
Tom Hanks, Here
Jesse Eisenberg, A Verdadeira Dor (A Real Pain)
Joaquin Phoenix, Coringa: Delírio a Dois (Joker: Folie à Deux)
Quem mais deveria ter buzz:
Josh Hartnett, Armadilha (Trap)
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