Crítica: Elementos (2023)

Até meados dos anos 2010, Pixar era sinônimo de animações de qualidade. Roteiros profundos, ritmo invejável, piadas inteligentes, metáforas perspicazes e muita emoção. Esses ingredientes costumavam marcar as obras do estúdio, mas algo foi se perdendo. Nos últimos anos, poucos filmes da Pixar chegaram perto do alto nível com o qual estávamos acostumados. Como Elementos (Elemental, 2023) se sai? Confira abaixo!

O que deu certo:

– Cada centavo do orçamento está visível na tela, preenchida por um visual vibrante e fascinante, graças à mistura de elementos na ambientação;

– A trilha sonora utiliza sons inesperados, que dão mais vida para as cenas mais mundanas;

– A mensagem de tolerância com quem é diferente e/ou imigrante é um dos acertos do filme.

O que poderia ser melhor:

– A falta de sutileza na abordagem dos temas, que são tratados da forma mais rasa possível;

– O romance é o que conduz toda a narrativa, então seria necessário ter um casal com mais química e conflitos mais pungentes;

– A trama não tem um alicerce sólido, apoiando-se em um drama que mal rende um episódio de série, muito menos um filme inteiro;

– Não há piadas o bastante para compensar a trama insossa, muito menos cenas de ação empolgantes o suficiente para mascarar o fiapo de história, que fica rodando em círculos e repetindo situações.

Saldo: Elementos é uma animação agradável, mas esquecível. Talvez um vilão ou conflitos mais cativantes pudessem dar um toque especial ao filme.

Nota: 5.5

 

 

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