Crítica: Undine (2021)

Nas mãos habilidosas de Christian Petzold, uma história envolvendo misteriosas criaturas aquáticas vira um romance com bastante frescor. Em Undine (2021), o diretor alemão atualiza o mito da figura feminina que sai das águas para encantar e enganar humanos. Quem vive a personagem-título é Paula Beer, uma atriz excelente que consegue nos fascinar exatamente como o papel requer.

A protagonista é uma historiadora que se envolve numa espécie de triângulo amoroso peculiar. O seu relacionamento com um mergulhador industrial vivido por Franz Rogowski é o grande destaque da obra. A partir dos conflitos gerados pela natureza da personagem principal, o filme fisga a nossa atenção enquanto acompanhamos esta fábula naturalista conduzida de maneira intrincada e sem dar tudo “mastigadinho” ao público.

Nota: 8

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