Crítica: Falling – Ainda Há Tempo (2021)

É sempre um alívio quando atores veteranos conseguem papéis interessantes em filmes capazes de dar mais visibilidade ao seu trabalho. Nas últimas décadas, Lance Henriksen estava renegado a uma série de produções que não tiveram quase nenhum alcance e mal utilizaram seu talento. Com Falling – Ainda Há Tempo (Falling, 2021), o artista se entrega com todas as forças a uma oportunidade que tinha tudo para fazer os olhares se voltarem a ele novamente, mas o diretor estreante acaba sabotando qualquer chance de comeback.

O diretor em questão? Viggo Mortensen, que vive o mocinho da história sobre um homem gay que é forçado a viver sob o mesmo teto que seu pai extremamente preconceituoso. O drama é dirigido com uma mão pesada, que ressalta ainda mais a falta de sutileza do roteiro, escrito pelo próprio Mortensen. É basicamente uma série de insultos proferidos por um personagem desagradável e com uma única faceta, tudo cortado por flashbacks redundantes.

Faltou maturidade para tratar temas tão complexos de um jeito que não fosse maniqueísta. O melhor momento é o principal confronto entre pai e filho, mas aí já estamos esgotados devido à total falta de respiro em todo o filme. E a última cena é lamentável. O que fica é a torcida para que Henriksen consiga outra chance de estar em um projeto melhor.

Nota: 3.5

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