Crítica: Let Them All Talk (2020)

Steven Soderbegh é conhecido por fazer filmes sem gorduras e bastante sofisticados, além de experimentar aqui e ali. Seu trabalho mais recente é a comédia Let The All Talk (2020), que rendeu manchetes porque o improviso foi uma parte significante da produção. A naturalidade com que os atores conversam dá essa impressão.

Estrelado por Meryl Streep como uma autora que convida o sobrinho e duas amigas com quem não tem mais proximidade para uma viagem de cruzeiro. O filme acompanha as tentativas de reaproximação entre elas e as investidas românticas do sobrinho. Enquanto Streep está incrustável num papel que beira o tédio, Dianne Wiest devora todas as suas cenas, inclusive num monólogo delicioso. Porém, a grande estrela é Candice Bergen, que tem a personagem mais tridimensional, com o conflito interno mais cativante e as melhores e mais engraçadas falas do filme.

É uma pena que o diretor dê tanto foco para o personagem de Lucas Hedges. Apesar de estar bem, todas as suas cenas são fracas em comparação com os momentos focados nas veteranas. A decisão de transformar Hedges num co-protagonista faz o filme perder muito, inclusive ritmo. O que fica é a vontade de ver mais coisas com Bergen e de viajar num luxuoso navio.

Nota: 6,5

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