Filmes subestimados de 2019 que você precisa conferir

Não faltam filmes subestimados, seja porque foram pouco vistos ou porque não tiveram o reconhecimento merecido quando lançados. Pensando nos últimos filmes que vi desse grupo, separei uma lista com obras lançadas em 2019 nos Estados Unidos e que talvez você ainda não conheça. Quem sabe você não dá uma chance a alguma das minhas dicas e até muda um pouco seu ranking do ano passado?

Quando foi a última vez que você suspirou com uma história de amor? A minha foi com End of the Century, um filme sobre escolhas e possibilidades dá um nó na cabeça de um jeito sexy e adorável. Quem curtiu Weekend (2011), Antes do Pôr-do-sol (2004) e Cópia Fiel (2011) vai adorar este romance.

Nota: 9.0

Monos deixou meu queixo no chão. Um filme de tirar o fôlego e muito audacioso. O diretor (brasileiro!) aborda relações complexas de uma forma belíssima, ancorado por uma fotografia deslumbrante e uma trilha única. Julianne Nicholson foi muito corajosa ao aceitar o papel.

Nota: 9.0

In Fabric é um terror único e surpreendente, que funciona como uma homenagem ao gênero, abusando de uma estética saudosista e do carisma de Marianne Jean-Baptiste. Você vai dar muitas risadas se embarcar no clima brincalhão. O clímax tem uma das melhores brigas dos últimos anos.

Nota: 8.0

Amanda me impactou bastante. Este drama francês encantador é sobre um jovem, sua sobrinha e como as pessoas lidam com perdas. Não sabia detalhes da história e fui pego de surpresa com uma cena que mudou tudo. Preparem os lenços.

Nota: 9.0

Sabe aqueles filmes que mais parecem um sonho? Longa Jornada Noite Adentro é assim. O que importa é embarcar na viagem sensorial que o cineasta proporciona. O visual é acachapante e você se sente como se estivesse num caleidoscópio.

Nota: 8.5

É revigorante ver uma obra 100% queer, na temática e nas escolhas estéticas. Faca no Coração homenageia slashers com um apurado visual para criar uma experiência inesquecível. A trilha do grupo M83 e a atuação da Vanessa Paradis compensam qualquer falha no roteiro.

Nota: 8.0

Molly Shannon brilha em Wild Nights With Emily, biografia farsesca e interessante sobre Emily Dickinson e sua dificuldade para se encaixar na sociedade, tanto para ter seu talento reconhecido como autora quanto para viver um romance com outra mulher.

Nota: 7.5

Em Dark Waters – O Preço da Verdade, Toddy Haynes não deixa a previsibilidade do roteiro perder a força da história e escolhe muito bem como conduzir este drama sobre como corporações acabam com a vida das pessoas de várias formas.

Nota: 7.0

The Art of Self-Defense é um dos melhores estudos sobre masculinidade tóxica dos últimos anos. Esta comédia impactante toma rumos inesperados e muito audaciosos. Mais uma vez, Alessandro Nivola prova o quanto é subestimado.

Nota: 8.0

The Last Black Man in San Francisco é uma obra delicada, complexa e intrigante sobre amizade, preconceito e gentrificação. A trilha sonora e a fotografia são acachapantes e os protagonistas hipnotizam, especialmente o sensacional Jonathan Majors.

Nota: 9.0

Queen & Slim é uma espécie de Bonnie & Clyde moderno, mas que nem sempre acerta no tom e na forma como mostra tudo o que tem a dizer. Apesar disso, envolve e tem uma fotografia linda, além de atuações muito boas.

Nota: 7.0

Alfre Woodard dá uma aula de interpretação em Clemency, culminando num fim que transborda emoção sem exageros e decisões fáceis. O resto do elenco também está excelente e o drama mostrando o dilema da pena de morte nos Estados Unidos de um jeito sufocante.

Nota: 8.0

Tenso do começo ao fim, Luce nos faz questionar nossa convicção sobre os personagens o tempo todo. Vale pela discussão sobre como a sociedade cobra pessoas pretas. Os embates entre Octavia Spencer e Kelvin Harrison Jr são de aplaudir de pé.

Nota: 8.0

Com muita sensibilidade, Colewell  retrata a maneira como idosos são descartados no mercado de trabalho. O grande destaque é a atuação magnífica de Karen Allen, conhecida como a mocinha do primeiro filme da série Indiana Jones.

Nota: 8.0

Com um senso de humor único, Greener Grass é uma comédia absurda que critica a plasticidade de famílias suburbanas de um jeito difícil de explicar. Totalmente camp, o filme diverte quem se deixa levar pelo mistério e aceita a proposta sem olhar para trás.

Nota: 8.0

Você ajudaria sua família a esconder da sua avó que ela está com uma doença terminal? É este o dilema de A Despedida, uma dramédia preciosa sobre como culturas diferentes encaram a morte. Awkwafina e Zhao Shuzhen estão um espetáculo e fazem você querer ligar para seus avós assim que o filme acaba.

Nota: 9.0

Shia LaBeoulf interpreta o próprio pai em Honey Boy, autobiografia feita com maturidade, mas que no fim das contas não arrebata como poderia porque os conflitos são repetitivos. As atuações e a direção fazem o filme ser essencial para conferir como Hollywood trata atores mirins.

Nota: 7.0

Assim como em Krisha (2016), Trey Edward Schultz nos coloca dentro de um furacão familiar em Waves. O modo como a câmera se movimenta remete ao cinema do Paul Thomas Anderson. A trilha é exaustiva e a quebra na narrativa não funciona inteiramente, mas a ambição é louvável. Elenco afiado, principalmente Kelvin Harrison Jr e Taylor Russell.

Nota: 7,5

Já conferiu alguns desses filmes? Tem outras dicas de filmes subestimados de 2019? Conte nos comentários!